terça-feira, 25 de junho de 2013

"Comida é água, comida é pasto. Você tem fome de que?"



O homem ocupa o topo da pirâmide alimentar. É o predador master.
Por questões fundamentais de cunho muitas vezes religioso ele sempre entendeu que toda a criação existia para servi-lo. Assim consta na descrição do Gênesis, a origem da vida. E assim também se descreve cientificamente.

E assim foi por milênios. O homem era o produto e a produção desse planeta e de suas criaturas. Com o advento do fogo sua alimentação modificou-se e abarcou outros gêneros.




Há muito essa mentalidade vem sendo modificada. E hoje há muitas correntes de pensamento acerca desse assunto. O vegetarianismo é uma delas. Há outras.

O pensamento dominante é que o homem é capaz de gerir a si mesmo, ao planeta e aos seus moradores. Sem ser numa escala predatória.

O homem come a vaca, que come o capim, que bebe e come da terra, que vai comer o homem.

A biologia humana também está mudando. Então, talvez, novas formas venham a existir.

A função da alimentação é manter o ser vivo. É dos alimentos que o organismo retira tudo o que necessita para sobreviver e a transforma em produto bruto para a ação.

Os vegetarianos optam por se abster de alimentos de origem animal por considerarem que a carne traz em si a violência a que foi submetida no abate. Esse tipo de alimentação tem muitas vertentes e muitos adeptos.

Por último há os que se alimentam de luz.



domingo, 23 de junho de 2013

História sem fim





No alto daquela serra

tem um lago bem profundo

pula boi

pula boiada

só não pula o Vira mundo


e ele não pula por que é destro

destes que não escrevem direito


E ele desceu a serra,

queria ver o mundo inteiro.


Andou, andou e andou

Um dia parou, tava no seco.


e então ele lembrou:

"Quem me dera uma serra

alta, com um lago profundo."



Vira mundo era um sujeito

destes, muito esquisito

caladão, circunspecto

mas sabe falar direito.


Só que não fala, o Vira mundo

ele olha e observa

esquadrinha e se cala.


Das muitas andanças que teve

uma mexeu com o sujeito






Foi quando Vira mundo, já cansado e bem velhinho


resolveu que voltava


e voltou


pro alto da Serra Profunda






que assim se chamava


por causa do lago profundo.






E foi isso e foi assim que foi.






A mais estranha andança de Vira mundo


foi andar para trás


tudo o que tinha andado para a frente.






E hoje ele está lá


no alto da serra com um lago profundo


onde há boi e boiada.






Ele, menos cansado


bem mais velho.










A estória de Vira mundo - Parte II



Vira mundo sonhava.


Sonhava com oásis,


com mares,


com terras além-mar.



Já falei como ele era,


circunspecto, calado.


Olhava, via


e se calava.



Pra matar os seus sonhos,


Vira mundo viajou.


Andou, andou e conheceu,


o mar, o deserto, outras terras.






e então voltou.






Já contei


que ele andou pra trás


tudo que tinha andado pra frente.



Só agora começa a nova história.


Vira mundo, velho,


cisma, cisma


e não encontra solução.






É que agora,


justo agora que forças já não tem,


começou a cismação.


Ideias, ideias e ideias,


virando no coração.






"o que vi por onde andei?"


"em que marcas de pés os meus pisaram?"


"da onde veio tanta terra?"


"e tanta água?"






O alto do morro ficou pequeno,


o peito ficou apertado,


a cabeça latejou.No alto daquela serra


tem um lago bem profundo


pula boi


pula boiada


só não pula o Vira mundo






e ele não pula por que é destro


destes que não escrevem direito






E ele desceu a serra,





queria ver o mundo inteiro.






Andou, andou e andou


Um dia parou, tava no seco.






e então ele lembrou:






"Quem me dera uma serra


alta, com um lago profundo."










Vira mundo era um sujeito


destes, muito esquisito


caladão, circunspecto


mas sabe falar direito.






Só que não fala, o Vira mundo


ele olha e observa


esquadrinha e se cala.






Das muitas andanças que teve


uma mexeu com o sujeito






Foi quando Vira mundo, já cansado e bem velhinho


resolveu que voltava


e voltou


pro alto da Serra Profunda






que assim se chamava


por causa do lago profundo.






E foi isso e foi assim que foi.






A mais estranha andança de Vira mundo


foi andar para trás


tudo o que tinha andado para a frente.






E hoje ele está lá


no alto da serra com um lago profundo


onde há boi e boiada.






Ele, menos cansado


bem mais velho.










A estória de Vira mundo - Parte I


A estória de Vira mundo - Parte II


























Vira mundo sonhava.




Sonhava com oásis,




com mares,




com terras além-mar.












Já falei como ele era,




circunspecto, calado.




Olhava, via




e se calava.












Pra matar os seus sonhos,




Vira mundo viajou.




Andou, andou e conheceu,




o mar, o deserto, outras terras.












e então voltou.












Já contei




que ele andou pra trás




tudo que tinha andado pra frente.












Só agora começa a nova história.




Vira mundo, velho,




cisma, cisma




e não encontra solução.












É que agora,




justo agora que forças já não tem,




começou a cismação.




Ideias, ideias e ideias,




virando no coração.












"o que vi por onde andei?"




"em que marcas de pés os meus pisaram?"




"da onde veio tanta terra?"




"e tanta água?"












O alto do morro ficou pequeno,




o peito ficou apertado,




a cabeça latejou.












Vira mundo cismou




e cismou




e cismou.












e então sorriu.












"isso não é fome.




é saudade.




saudade do tempo que eu tinha fome."




Vira mundo sonhava.


Sonhava com oásis,


com mares,


com terras além-mar.






Já falei como ele era,


circunspecto, calado.


Olhava, via


e se calava.






Pra matar os seus sonhos,


Vira mundo viajou.


Andou, andou e conheceu,


o mar, o deserto, outras terras.






e então voltou.






Já contei


que ele andou pra trás


tudo que tinha andado pra frente.






Só agora começa a nova história.


Vira mundo, velho,


cisma, cisma


e não encontra solução.






É que agora,


justo agora que forças já não tem,


começou a cismação.


Ideias, ideias e ideias,


virando no coração.






"o que vi por onde andei?"


"em que marcas de pés os meus pisaram?"


"da onde veio tanta terra?"


"e tanta água?"






O alto do morro ficou pequeno,


o peito ficou apertado,


a cabeça latejou.






Vira mundo cismou


e cismou


e cismou.






e então sorriu.






"isso não é fome.


é saudade.


saudade do tempo que eu tinha fome."








Vira mundo cismou


e cismou


e cismou.






e então sorriu.






"isso não é fome.


é saudade.


saudade do tempo que eu tinha fome."







Neste Instante e eternamente


AUTO SUFICIÊNCIA DIVINA


1. Ó Deus  envia a Chama Violeta,

Para o mais fundo do meu Ser;
Expandi, intensificai com Vosso Poder.



Vinde com Vossa chama saturar,

Penetrar, expandir livremente;
Para a mente de Deus libertar,
Neste instante e eternamente. 



2. Estou e permaneço na chama,

No centro da mão de Deus;
Com tons de violeta vibrando,
E Todo o meu ser saturando.



Vinde com Vossa chama saturar,

Penetrar, expandir livremente;
Para a mente de Deus libertar,
Neste instante e eternamente.



3. A Chama de Deus em mim.

A Chama de Deus em mim.
Um clarão iluminado;
Eu sou o fogo sagrado,
Sinto a alegria me inspirando. 



Vinde com Vossa chama saturar,

Penetrar, expandir livremente;
Para a mente de Deus libertar,
Neste instante e eternamente.



4. A consciência de Deus em mim,

Eleva-me ao Cristo que vejo;
Na chama Violeta chegando,
E para todo o sempre reinando.



Vinde com Vossa chama saturar,

Penetrar, expandir livremente;
Para a mente de Deus libertar,
Neste instante e eternamente.



5. Jesus, a Chama Violeta ativa,

A essência do ser purifica;
Em nome de Deus, Santa Maria,
Expande, expande e multiplica!


terça-feira, 30 de abril de 2013

Quando os trabalhadores perderem a paciência - Mauro Iasi**




Quando os trabalhadores perderem a paciência 

As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência

Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência

O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência

A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência

Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juizes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências

Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência

Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obscelescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
“declaro vaga a presidência”!

Emanoel Alencar

domingo, 28 de abril de 2013

O Oceano da Mente





. A vida é sofrimento e dor. Morte e amargura. Provas e expiações.

. A vida é luz. A vida é oportunidade e aprimoramento. Alegrias e tristezas são iguais.


Na vastidão incomensurável que é o mundo da mente tudo o que existe é conhecimento. Conhecimento, conceito, valores. 

É como um oceano infinito povoado de peixes. Cada ser humano navega nesse oceano, todos pescam. 

Todos os peixes são iguais - seres viventes no oceano e todos são diferentes - grandes, pequenos, de cores diversas.
É o pescador quem faz a diferença - esse é bom, esse é melhor; esse serve, esse não é adequado.

Assim é o conhecimento para o homem. Assim é sua vida mental. Feita de escolhas entre possibilidades infinitas. Quando um conceito serve para o homem ele o chama de Verdade e o toma para si, em detrimento de todos os outros conceitos que lá estavam à disposição.

Definir a vida também segue o mesmo processo. Navegando no oceano estão os peixes de "a vida é exuberante", "vida é dor", "a vida é um mistério". Milhões de conceitos sobre o que a vida é. Todos iguais, todos legítimos. O homem pesca o seu.

Então, para o homem o conhecimento não é o saber puro e simples e sim um agregado que contenha suas emoções, seus sentimentos, seus valores.

Mas o conhecimento não satisfaz o homem. Não elimina sua tormenta existencial. Nessa busca ele passa a vida navegando no oceano da mente sem encontrar uma verdade que abranja a totalidade de seu ser.

Os que buscam a realização sabem que não se deve permanecer nesse oceano. Sabem que ai é um lugar temporário onde se pega o que precisa e sai. Não há término nesse oceano, não há conclusão. Ele contém tudo o que a mente produziu, produz e produzirá.

Os que buscam a realização pescam nesse oceano e saem. Vão viver.

Só o conhecimento que tem vida pode levar o homem para adiante em sua jornada.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Valores ... quais são os seus?




Valores ... quais são os seus?

Você os tem? é claro que tem e eles são bem preciosos não é?

Você os comprou? é claro que não né? você os adquiriu, a preço de vida.

Você os cultiva? é claro que sim! não existe vida sem eles, não?

Você os defende? com unhas e dentes? a ferro e a fogo?

Valores são tudo aquilo que nos é caro. São coisas, conceitos, pessoas que representam tudo o que prezamos, cuidamos, protegemos. São nosso norte nessa vida atribulada.
Valores pessoais.
Valores sociais.
Valores emocionais.
Valores psicológicos e mentais.
Valores espirituais.

A escala de valores é definida por uma escolha: se algo ou alguém serve ou não para mim.
Quem escolhe? Eu, com todas as minhas emoções e sentimentos, crenças e fé.

Porque eu escolho? Porque classifico? Por que algumas coisas me servem, outras não. Algumas coisas me dão prazer, outras não. Algumas coisas me proporcionam segurança, outras não.

Então, no centro do mundo estou eu. O mundo ao meu redor. E o mundo é vasto, desconhecido na maioria da sua vastidão. E eu sinto medo, insegurança, despreparo para enfrentar o que conheço e mais ainda, o que desconheço. Então eu me protejo. Eu me cerco de coisas e pessoas conhecidas. Esse cerco é feito pelos meus valores. São eles que me dão segurança e algumas certezas.

A criança chega ao mundo e durante o seu desenvolvimento ela possui medos naturais e coragens naturais. Desde a mais tenra idade ela possui fé e atrevimento naturais. Na criança isso tudo é normal, simples e adapta-se a cada fase do seu desenvolvimento.

Em alguma parte deste desenvolvimento as coisas mudam. Cristalizam-se valores. O homem passa a prezar, acima de tudo, a sua segurança. E não há segurança no mundo.

É exatamente por não haver segurança no desconhecido que ele é o lugar mais seguro que existe. Nada está pronto. Não há cristalização, não há estagnação. Não há disputa.

Eu me movo no escuro mas o outro também se move no escuro. Eu quero viver minha vida mas o outro também só quer isso. Acostumamo-nos a tomar o que achamos que nos pertence mas isso também pode ser adquirido por um pedido de licença. Saber que agora isso pode e em outra hora não pode faz parte das idiossincrasias da existência, do convívio. Algo que o intelecto humano está mais do que capacitado a fazer.

Tornar o mundo conhecido é algo além de classifica-lo, dividi-lo e conceitua-lo. Tornar o mundo conhecido é conhece-lo, experimenta-lo, vive-lo.

A Ciência conheceu o mundo por nós. A religião também. Ele não é mais conhecido do homem comum do que era a mil séculos atrás. O homem só conhece o que vivencia. O que o homem não vivencia ele usa como escudo.

Os valores que estão em questão hoje em dia são o bem e o mal, o pode e o não pode e o porque. Se acima do bem e do mal está o bem então o mal não existe. Foi uma divisão feita para fins teóricos, de classificar para conhecer. O pode e o não pode se destinam a estabelecer bases novas para o convívio social retirando, talvez, alguma camada de verniz vitoriano que ainda sobrevive. E o porque? Essa será a questão que levará ou não o homem como indivíduo e a sociedade como um todo a um novo arranjo, ou não. Pode-se só fazer uns ajustes no atual.


A sopa tá fervendo



"Não pode haver nenhum crescimento sem conflito psíquico e sem agitação espiritual. A organização de um modelo filosófico de vida requer uma perturbação considerável nos domínios filosóficos da mente.

A lealdade não é exercida em nome daquilo que é grande, bom, verdadeiro e nobre, sem uma batalha.

E o intelecto humano reluta contra ser desmamado da alimentação das energias não espirituais da existência temporal. A mente animal indolente rebela-se contra exercer o esforço exigido pela luta na solução dos problemas cósmicos."
(O Livro de Urântia, 100:4.2)


A sopa tá fervendo

O homem moderno, pós revolução dos anos 60, desestruturou toda a base do pensamento humano vigente. Com conceitos como paz, igualdade, liberdade os alicerces de sustentação da sociedade humana balançaram. Mas perduram.

Mal equilibrada, capenga, apoiando-se ora em uma perna ora em outra a sociedade humana chegou ao século XXI. E necessita urgentemente de novas bases.

O materialismo está desmoronando. Quase não é mais possível tampar o sol com a peneira. Os buracos são grandes demais para serem ignorados.

A sociedade é um caldeirão lotado de ingredientes diversos, mergulhados em água. Prontos para serem levados ao fogo para o preparo da sopa, ou do feitiço. Essa sopa vem sendo preparada a éons e de tempos em tempos, acrescenta-se um novo ingrediente. Acontece que a sopa do Novo Milênio tem um ingrediente bombástico.

Não existe bem, não existe mal.

Fazem mais ou menos cinquenta anos que esse ingrediente tem sido acrescentado à essa sopa, em doses homeopáticas. Hoje ele já é tão presente que quase não dá mais para ser ignorado.

E agora José? E agora João?


E Agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,

e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?

e agora, José?

Está sem mulher,
está sem carinho,
está sem discurso,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope
você marcha, José!
José, para onde?


Paulo Diniz

sábado, 13 de abril de 2013

O que há em cada dimensão?





A Terra é não só a nossa amada casa como também a casa amada de outros seres inter dimensionais. Ela se encontra numa intersecção entre mundos.


Mundos físicos, mundos astrais, mundos mentais. 
Nós como seres humanos vivemos em cada uma dessas dimensões com um corpo e uma consciência apropriados a cada uma delas.

Alguns sinais dessas outras vidas nos aparecem em alterações de consciência: sonhos, êxtase religioso/físico/mental, relaxamento profundo, coma, anestesia etc.

O acesso a esses mundos é conseguido mediante o uso dos sentidos.

O mundo astral é percebido pela visão astral. O mental, pela visão mental.
Essa contrapartida é válida para todos os sentidos.
O estudo é necessário para que a consciência física traduza a percepção em sua linguagem própria. Quando isso ainda não acontece a pessoa tem sentidos vagos de percepção. Sente que viu algo mas não sabe ao certo. Percebe aromas de origem desconhecida. Arrepios súbitos.

Para os outros seres inter dimensionais, que não possuem forma física material a dificuldade é a mesma. É necessário desenvolver condições próprias para o acesso à dimensão física terrestre.

Os habitantes desses mundos são muitos. Humanos desencarnados ("vivendo na eternidade"), Orixás, santos, anjos, seres ligados à natureza e mais uma infinidade de pessoas e seres que têm sido objeto de estudo e de busca de diversas áreas do conhecimento humano.

A pergunta: o que há em cada dimensão? ainda não está respondida mas poderá ser respondida por qualquer um que se dedicar a esse assunto. Com afinco, dedicação e meditação esse buscador poderá encontrar respostas e sinais que levem a esse conhecimento.

A Teosofia, o Espiritismo, algumas Teologias orientais por exemplo, descrevem mundos e seres extra humanos, inter dimensionais. A Parapsicologia, a Psiquiatria, a Anestesiologia  a Neurociência dedicam-se ao estudo da consciência. Atualmente a Ciência Noética estuda as manifestações do pensamento com instrumentos científicos. Algumas disciplinas como Yôga, Xamanismo dedicam-se ao estudo e desenvolvimento de alterações de consciência  para além dos três estados comumente usados (sono, vigília, sonho) buscando alcançar um quarto estado, o Turya Avastha.

Mesmo para aqueles que alcançam esses outros mundos inter dimensionais essa pergunta ainda não é completamente respondida pois a mente só entende o que reconhece. As dimensões além do mental humano não são definidas nem pelos Mestres Iluminados.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cântico Negro de José Régio



“Vem por aqui” — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse

Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…


A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.

— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,

A ir por aí…

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?…

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos…

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios…

Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!

A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Análise de uma ótica só - opressores e oprimidos



                                 "Se ficarmos neutros diante de uma injustiça
                                          escolhemos o lado do opressor."


Escolher significa dividir - opressor e oprimido, culpado e inocente, certo e errado.
Ficar neutro significa não escolher, não classificar, não tomar partido.

Numa questão de ordem
numa disputa
ficar neutro significa respeitar ambos os lados.

A neutralidade expressa a consciência da não dualidade, da igualdade,
do direito que ambos o lados possuem de se expressar.

A lei e a ordem social existem assim como existem lei e ordem espiritual.
Qualquer disputa, qualquer divergência devem ser encaradas sob essas óticas
e sob essa ótica não existem opressores nem oprimidos, favorecidos nem desfavorecidos.
Para a lei todos são indivíduos. Fora da lei o que existe são opiniões pessoais.

Aquele que cumpre a lei sabe o que está fazendo, o que descumpre também sabe.
As opiniões divergentes geram disputas e palavras de exclusão.
Quem chama para a briga quer brigar. Quem aceita também quer.
Escolher um lado é assistir e torcer. Eleger um favorito. Tomar um assento na platéia.

Palavras como "fazer justiça", "ficar do lado dos oprimidos" e tantas outras
colocam fora de questão a diversidade humana e levam à exclusão, ao extermínio.
São como pequenos passos de quem já está à beira do abismo.

Permanecer neutro em situações de disputa
significa não ser o carrasco do perdedor.




Desejo x Crença





"O medo é um retrato do diálogo entre seu desejo e sua crença,
entre a sua determinação e sua capacidade.


Quando eliminado esse diálogo o medo deixa de existir." (YA)







O desejo existe e viceja na terra da escuridão:

sombras que se movimentam, anônimas ou não
corpos transparentes, translúcidos, lúdicos, pudicos
vagas de emoções mal definidas, capturadas por palavras vagas

Querer: ânsia, compulsão, meu direito de ter, minha lei para agir, meu, meu, meu
Saber: orgulho, vaidade, soberba, desejo; eu, eu, eu
Ousar: lascívia, entrega, possuir, não se importar, sentir até desfalecer; morrer
Calar: sujo, pecaminoso, danoso, culposo; o outro, o outro, o outro.


A crença existe e viceja na terra do saber, do conhecimento:

saber pessoal ou importado
adjetivos vivos com poder de vida e morte sobre coisas e pessoas
adjetivos soberanos com poder de doação ou veto
adjetivos laicos, adjetivos divinos

Sim, não, pode, não pode.
Bom, mal, saudável, nocivo
faça, não faça, permitido, proibido
do bem, do mal, Deus, Diabo.


A determinação existe no plano do querer:

Ela congrega forças, crenças, desejos, emoções e instintos
Miscigena, agrupa, direciona e age.


A capacidade existe na dimensão do ser:

Ela é volição
Vontade+Querer+Força+Poder


A ausência de medo está no resultado desta luta ou no abandono dela.

Enquanto forças e poderes, desejos e emoções, saberes e quereres
se digladiarem na mente, no coração
a vida será um campo de batalhas refletivo desta luta,
um palco para todos esses personagens.


Quando a paz reinar

a Paz reinará. No fear!












terça-feira, 9 de abril de 2013

Elementos



Ar para ar,
terra para terra,
água para água,
fogo para fogo.

E de dentro do ser
o quinto elemento.

A essência cósmica,
a união quádrupla.

E, desta união
a força da luz,
a força do poder.

que faz, constrói, transforma.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Percepções da Era de Aquário



A dança a todos envolvia:
dois pra lá, dois pra cá
De repente, num piscar de olhos
tudo muda
Três mundos na roda, dançando
um mundo: alegria, beleza, disposição
um mundo: cansaço, peso e dor
um mundo: dois pra lá, dois pra cá




Os diferentes corpos do homem e as dimensões do Universo podem ser facilmente percebidos nas pessoas, nas conversações, no ambiente.

Nós temos, como fruto de nossa participação no Contrato Social, um noção de realidade compartilhada por todos. Essa noção global de realidade envolve tudo o que existe, conhecido e até, desconhecido.

Apoiados justamente nesta noção de realidade somos capazes de identificar como incomuns certas alterações esporádicas na realidade. Mesmo percebendo essas alterações elas são consideradas cíclicas, reais e normais.

Agora que estamos ancorando a energia da quinta dimensão é cada vez maior o número de pessoas que ouve vozes e tem visões inter dimensionais. Embora ainda se interprete essas manifestações de forma religiosa já é possível perceber que elas já fazem parte da vida física cotidiana.

Se colocarmos os planos que o homem habita em sua vida física como céu, inferno e terra, podemos percebe-los como:

. Quando o homem está no céu, movido e ancorado pelo espírito até o seu corpo físico emana brilho e beleza. Assim como a paisagem. A mente, os pensamentos, as idéias fluem e o saber é facilmente intuído e compartilhado.

. O homem na terra é movido pela consciência física e pelo Contrato Social. É essa parte da existência humana que se chama realidade, normalidade.

. Quando o homem está no inferno, movido e ancorado pela alma seu corpo físico emana cansaço, tormenta, labor. Os pensamentos, idéias, conceitos são elaborados e compartilhados em uma linguagem de duplo sentido, simbólica.

Céu, terra, inferno são definições meramente didáticas. Não há mudança no lugar que o homem ocupa embora tudo mude. Não há passagem, teletransporte, nada desse tipo de coisa. O que muda é a consciência, o foco da consciência e essa mudança pode ser percebida por alguns aspectos físicos.















Corpos do Homem, Planos do Universo


"O homem é uma miniatura do Universo. Este, constituído de sete planos e aquele dispondo de sete “corpos” para se expressar. Para cada um dos planos da Natureza, até o Nirvânico, possui a criatura determinado corpo, a fim de nele poder viver, agir e colher experiências.

Ao corpo físico denso e duplo etérico juntos, denomina-se “corpo do homem”. Esses dois corpos são completamente inseparáveis, no homem comum.

Ao conjunto constituído pelo corpo astral e corpo mental inferior, denomina-se “alma do homem”. No atual estado da nossa evolução, estes dois corpos são, do mesmo modo, inseparáveis.

Aos três corpos superiores também inseparáveis ou corpo causal, denomina-se “espírito do homem”.

Vemos, portanto, que, embora dispondo de sete corpos ou sete “veículos de expressão do Jivatman , o homem é realmente um ternário: corpo, alma e espírito. Uma parte mortal, que é constituída do corpo e da alma, e outra relativamente imortal, que é o espírito. Dizemos “relativamente imortal” porque aquela parte só se mantem indestrutível enquanto conservamos a condição de homens. Quando passarmos à situação de Ser superior ao homem, nossa constituição será outra.

Na verdade, devido à inseparabilidade de certos grupos de corpos (inseparabilidade esta que não se verifica para os Adeptos ou estudantes altamente adiantados), só pode o homem vulgar aplicar-se em três veículos que são: o espírito (corpos átmico, búdico e mental superior), a alma (corpos mental inferior e astral), e corpo (etérico e físico denso).
Na atual etapa da evolução universal, o Homem é constituído de quatro partes bem distintas:
uma imortal - o Jivatman

uma que dura enquanto somos homens – o espírito ou tríade superior;

uma de longa duração – a alma,

e finalmente o corpo, eminentemente transitório e perecível."  -  
Caio Miranda



Uma parte imortal, testemunha silenciosa que em tudo age e a tudo anima.

Um espírito possuidor de Vontade, Visão e Saber próprios.

Uma alma que Pensa e Sente.

Um corpo físico, material, movido a energia.

Assim é o homem, já em sua constituição um multi-homem.
A cada "corpo" corresponde um saber, um inter-relacionar-se.
Cada "corpo" possui seus códigos de interação.
Esses sinais são descritos desde tempos imemoriais em tratados esotéricos e religiosos.

Na atualidade eles são percebidos por pessoas diferentes em momentos diferentes. A cada dia é maior o número de pessoas que se deixam guiar por eles.

Pessoas fortemente agarradas à consciência física deixam de leva-los em consideração por acha-los por demais sutis e pessoais.

Esses sinais nada possuem de estranhos ou misteriosos. Eles tem sua origem na alma e no espírito do homem. Traduzem-se por uma gama muito grande de informações tais como: linguagem transmitida com o olhar, com o gestual do corpo, diálogos entre-cruzados, dupla compreensão na linguagem, etc

É desta maneira que a comunicação se faz - consciente, sub consciente e inconscientemente - comunicando-se o físico, a alma e o espírito.
Nosso desafio nesta época é tornar consciente os demais níveis. É estender a nossa comunicação às almas e espíritos de nossos companheiros de jornada até que nos descubramos como iguais, almas imortais.









O que as Crianças das Estrelas vieram trazer foi a comunicação entre esses saberes, o despertar da consciência superior - aquela que vê a si mesma e se reconhece.

E elas dizem:
O amor que tu conheces ainda não é Amor.
Aceitação incondicional é aceitação total, sem dualismos e sem reservas.
Confiança é um ato de Amor e Entrega.
Tu não sabes o que é o Mal assim como não sabes o que é o Bem.
Tudo o que conheces como mal é a tentativa que o Mal faz para habitar a mesma casa. O bem que não conhece respeito e aceitação não pode ser conhecido por esse nome. Tudo o que conheces por mal é reação, não ação. Somente quando estes dois irmãos habitarem em harmonia a mesma casa é que saberás efetivamente o que é o Bem e o que é o Mal.

Na Unidade saberás que não há divisão, nunca houve divisão.






terça-feira, 2 de abril de 2013

Adjetivos vivos.

"A ideia de mal geralmente se refere a tudo aquilo que não é desejável ou que deve ser destruído. O mal está no vício, em oposição à virtude.
Em muitas culturas, é o termo usado para descrever atos ou pensamentos que são contrários a alguma religião em particular, e pode haver a crença de que o mal é uma força ativa e muitas vezes personificada na figura de uma entidade como o diabo, Satanás ou Arimã"
- Wikipédia.



O mal que em tudo está
só se define em oposição ao que em tudo se almeja.


Procurei por ai e tudo o que vi foram pessoas
pessoas buscando alcançar o que não possuem.


Qualquer um considera sua busca pessoal
como sendo um bem,
um Bem Maior.


Fora do homem o que existe é -
não se classifica nem divide -
e cumpre uma função independente de outras condições.


No homem tudo se divide, subdivide, classifica.
Isso é didática não moral, não ética.


Mas o homem esquece que a divisão é meramente
ilustrativa
e divide os seus iguais também.


Pessoas são pessoas.

Os atos de uma pessoa são os atos de uma pessoa.


Aqueles a quem se chama de maus
são pessoas que buscam algo
e empregam meios para isso
e também possuem objetivos
que não chegam a ser conhecidos
devido à intensidade da luta.


Talvez, só talvez
esses uns que incomodam, que subvertem os costumes
estejam a passar uma mensagem muito difícil de assimilar


que aquilo que chamamos amor ainda não é amor
que aquilo que chamamos amizade ainda não é amizade


E que o que possuimos
está ainda longe de ser Fraternidade.


domingo, 31 de março de 2013

Palavras e ações diárias.

Coragem pra si, humildade pra passar

Vários por aí tão na de ultrapassar

Mas, se não sabe porque corre, cê nunca vai chegar..


A humilhação é um caminho não o objetivo em si.

Se permitir ser humilhado aponta para um caminho desconhecido,
fora do alcance da compreensão da razão e do ego.
A humilhação não destrói o ego do humilhado
quiças o fortaleça, na crença vã de que outros não alcançam a plenitude
de suas ações.

E no entanto, o que é humilhação?
Jesus foi humilhado.
Diante de um tribunal humano ele não pode apresentar respostas para
as questões colocadas a ele.
Essa foi uma humilhação que só serviu como exemplo a ser seguido
não como atitude a ser tomada.
E o final para Jesus foi o calvário.

Muitos estão prontos para segui-lo.
Mas quantos estão prontos para transformar em palavras
e atos
o significado deste gesto?

A via sacra é necessária?
É necessário morrer? e morte de cruz?

Quando se supõe que só você sabe a verdade
e que ela deve ser vivida e compartilhada com outros
então há o calvário, a cruz no final.

Mas quando se crê que Deus fala e está presente em todas as criaturas
então, a sua verdade, é só mais uma peça no grande quebra cabeça humano.
Necessária, mas não única.
Então o ponto de intersecção entre as opiniões não é mais
o tribunal de Pilatos
mas aquele ponto onde ainda é possível aprender mais uma verdade
e ensinar a sua verdade.

Levar qualquer confronto
disputa, discução 
para além deste ponto é orgulho e vaidade
de um ego equivocado, desejoso de um calvário.

Os que não pensam, não sentem,
só assistem
estão ai para apontar o que vem depois desse ponto - o ponto onde não houve
o confronto
o ponto onde Jesus saiu daquele tribunal
e continuou a viver sua vida.




sexta-feira, 22 de março de 2013

Desconexões.

O conhecimento é o pesadelo de quem quer nos enganar.

1. traição em último grau.

2. a via do conhecimento é o inferno em vida.

3. o ácido corroeu o metal pois metal havia para ser corroído.

4. o limite que me impus: enxergar, com os olhos da razão o que olhos e ouvidos não conseguem ver nem enxergar.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Conversão.

Eu tento entender uma coisa e não consigo.

Que finalidade há na conversão?
O que é conversão?

Achei uma definição muito pertinente no www.achando.info:

Conversão:
reconhecimento de que está percorrendo um caminho errado e tomar a atitude de seguir outro caminho; se arrepender de algo que reconhece estar errado e mudar de atitude fazendo o que achar certo.

Só a quantidade de adjetivos usada para definir a palavra já implica na resposta da primeira questão.

Eu prefiro a palavra Compartilhar: dividir, partilhar, repartir.
Simples assim. Sem adjetivos, sem certo nem errado, sem bom ou ruim.

Eu penso, tu pensas, ele pensa.