terça-feira, 16 de abril de 2013

Valores ... quais são os seus?




Valores ... quais são os seus?

Você os tem? é claro que tem e eles são bem preciosos não é?

Você os comprou? é claro que não né? você os adquiriu, a preço de vida.

Você os cultiva? é claro que sim! não existe vida sem eles, não?

Você os defende? com unhas e dentes? a ferro e a fogo?

Valores são tudo aquilo que nos é caro. São coisas, conceitos, pessoas que representam tudo o que prezamos, cuidamos, protegemos. São nosso norte nessa vida atribulada.
Valores pessoais.
Valores sociais.
Valores emocionais.
Valores psicológicos e mentais.
Valores espirituais.

A escala de valores é definida por uma escolha: se algo ou alguém serve ou não para mim.
Quem escolhe? Eu, com todas as minhas emoções e sentimentos, crenças e fé.

Porque eu escolho? Porque classifico? Por que algumas coisas me servem, outras não. Algumas coisas me dão prazer, outras não. Algumas coisas me proporcionam segurança, outras não.

Então, no centro do mundo estou eu. O mundo ao meu redor. E o mundo é vasto, desconhecido na maioria da sua vastidão. E eu sinto medo, insegurança, despreparo para enfrentar o que conheço e mais ainda, o que desconheço. Então eu me protejo. Eu me cerco de coisas e pessoas conhecidas. Esse cerco é feito pelos meus valores. São eles que me dão segurança e algumas certezas.

A criança chega ao mundo e durante o seu desenvolvimento ela possui medos naturais e coragens naturais. Desde a mais tenra idade ela possui fé e atrevimento naturais. Na criança isso tudo é normal, simples e adapta-se a cada fase do seu desenvolvimento.

Em alguma parte deste desenvolvimento as coisas mudam. Cristalizam-se valores. O homem passa a prezar, acima de tudo, a sua segurança. E não há segurança no mundo.

É exatamente por não haver segurança no desconhecido que ele é o lugar mais seguro que existe. Nada está pronto. Não há cristalização, não há estagnação. Não há disputa.

Eu me movo no escuro mas o outro também se move no escuro. Eu quero viver minha vida mas o outro também só quer isso. Acostumamo-nos a tomar o que achamos que nos pertence mas isso também pode ser adquirido por um pedido de licença. Saber que agora isso pode e em outra hora não pode faz parte das idiossincrasias da existência, do convívio. Algo que o intelecto humano está mais do que capacitado a fazer.

Tornar o mundo conhecido é algo além de classifica-lo, dividi-lo e conceitua-lo. Tornar o mundo conhecido é conhece-lo, experimenta-lo, vive-lo.

A Ciência conheceu o mundo por nós. A religião também. Ele não é mais conhecido do homem comum do que era a mil séculos atrás. O homem só conhece o que vivencia. O que o homem não vivencia ele usa como escudo.

Os valores que estão em questão hoje em dia são o bem e o mal, o pode e o não pode e o porque. Se acima do bem e do mal está o bem então o mal não existe. Foi uma divisão feita para fins teóricos, de classificar para conhecer. O pode e o não pode se destinam a estabelecer bases novas para o convívio social retirando, talvez, alguma camada de verniz vitoriano que ainda sobrevive. E o porque? Essa será a questão que levará ou não o homem como indivíduo e a sociedade como um todo a um novo arranjo, ou não. Pode-se só fazer uns ajustes no atual.


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