Eu vi teu rosto. Vi as coisas que não consegues aceitar. Vi a repulsa.
Eu senti teu corpo. Senti o desejo encravado bem lá no fundo. Senti o âmago. A dor.
Brinquei contigo.
Eu te disse para fazermos o jogo do empurra. Uma empurra para a outra
aquilo que dói, que machuca
e assim, com bom humor e sarcasmo
empurramos para amanhã aquilo que é visceralmente impossível
de resolver hoje.
E assim nos tornamos amigas. Cúmplices. Parceiras.
Amantes da mesma necessidade profunda e angustiante de retirar a dor de dentro de si.