segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nós precisamos ter uma certa distância em relação ao outro.
Quando vivemos com outras pessoas nós não misturamos só os nossos pertences externos,
nós nos misturamos,
misturamos nossa moral, nossos pensamentos, nossa ética, nossas emoções.
Internamente deixa de existir o teu, o eu
e passa a existir um híbrido de nosso
mas um nosso que não é união,
um nosso que é feito de eu + você = eu.
E há então todo o inferno e tragicomédia dos relacionamentos intensos.
A distância é um ótimo lenitivo.
Não a distância cínica dos insensíveis.
Não a distância vingativa dos inseguros.
Mas a distância amorosa dos seres que amam e respeitam.
Amam e respeitam o outro assim como ele é e permitem, amorosamente, que o outro viva a sua própria vida.